Aceitei
escrever algumas linhas celebrando a publicação do livro Jim Morrison, o poeta-xamã, do Marcel de Lima, sem saber, a priori,
o quanto essa ideia era esplendorosa e punk ao mesmo tempo... Talvez meu ego,
este imponderável personagem que me atormenta tanto, me dissesse: "Sim
aceita... aceita mesmo sem saber... você adorava Jim Morrison!" E aceitei!
Ao
percorrer a versão datilografada, fiquei entusiasmado com o arrojo e a
originalidade do pensamento do Marcel ao intuir e estudar a relação entre a
obra poética do Jim e a tradição xamânica, contando para tal com a participação
e intervenção de deuses gregos, além de pensadores contemporâneos.
Trata-se
de uma obra excepcional, importante, documentada com cuidado, fluida, e tão
claramente redigida, página após página, para levar o leitor numa viagem
cultural espetacular, iniciando-se na Sibéria, desde os primórdios da
humanidade, até o palco de um dos maiores mitos do rock morto aos 27 anos: Jim
Morrison!
Dionísio,
Platão, Apolo, Lévi-Strauss, Mircea Eliade, Castaneda, Nietzsche, Kerouac, entre tantos
outros, se sucedem para ilustrar o pensamento do escritor; não podia faltar a
transcrição dos poemas em versão original e versão brasileira, para que a
leitura resultasse numa festa completa, fascinante e em um prazer
indescritível.
Que
viagem incrível, Marcel, lhe felicito do fundo do meu coração, adorei o seu
livro, posso recomendar com entusiasmo e finalmente confesso que fiquei
preocupado em não ser uma pessoa suficientemente brilhante para escrever este
prefácio... Você merecia alguém melhor para essa tarefa... Porém fui eu o
convidado!
André Midani
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