Livro - Jim Morrison: o poeta-xamã

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O dia em que conheci Jim Morrison

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quarta-feira, 24 de setembro de 2008

Roberto Piva - OS POETAS/XAMÃS





No mundo da poesia de Roberto Piva, xamãs celebram o extraterreno todos os dias, os ciclos da natureza são respeitados pelos seres da apodrecida capital poluestana e o planeta acusa que estar em trânsito é um bom sinal para os tempos. O poeta, que completa 70 anos em setembro, expurga juízos e assassinos da realidade de modo controverso ao descosturar pregas móveis demais para uma sociedade imóvel com o agora. “O Brasil que eu lido não é esse. Eu não lido com o país inteiro, eu lido com grupos, com pessoas, com indivíduos", aponta.

[...]
Nas palavras de Paulo Franchetti, professor titular no Departamento de Teoria Literária da Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), os escritos do poeta se firmam pela ruptura entre os contrários: “Perto dessa obra, que permaneceu de fato marginal (senão maldita até muito recentemente), os ‘poetas marginais’, seus contemporâneos de antologia, acabam mesmo por parecer garotos instalados na ‘perspectiva estável de uma sala de jantar de classe média’”.

Na sala do seu apartamento no bairro de Santa Cecília, Piva conversou sobre seus gostos pela poética da transgressão, seus desgostos pela política e seus contragostos pelos paradoxos da urbanidade.

Jim Morrison afirmava ter sido capturado por um xamã indígena quando criança. Você também foi capturado pelo xamanismo?
R. P. - Os primeiros poetas eram todos xamãs, e vem daí essa tradição de ligar poesia e inspiração com as técnicas arcaicas do êxtase. Não tem regras. O importante do xamanismo é que se trata de uma religião de poesia, não de teologia. Dante [Alighieri], por exemplo: todo o xamanismo está lá, os três reinos, a ligação mágica que ele tem com o número nove. Ele passou nove dias com febre e durante esses dias teve a intuição de “A Divina Comédia”. Depois, foi exilado de Florença, porque era contra o papa ter poder temporal. Ele era um nômade. Foi hóspede de vários aristocratas que admiravam o trabalho e a cultura dele. Escrevia enquanto estava em trânsito, nos passeios que fazia em torno do castelo desses senhores feudais.

[...] Jim Morrison falava nos anos 60 que quem tem o poder da mídia tem o poder da mente. Zé Celso cansou de dizer que a mídia impõe a mensagem. Daí o consumo imposto pelos mídia de alimentos-sucata, de comportamentos-sucata de 50 anos atrás etc.

Entrevista na integra: http://www.cronopios.com.br/site/artigos.asp?id=2739
http://sol-negro.blogspot.com/2006/09/entrevista-roberto-piva-en-agulha.html

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