Um aluno exemplar que sempre falava nas horas erradas e que tinha o desenho como hobbie; esboços grotescos e complicados tingidos numa aura de sexualidade aliado à colagens de histórias em quadrinhos retiradas dos jornais.
Gênio precoce! Sabia tudo sobre literatura e poetas, elevando seu conhecimento a altura de seus grandes mestres. Devorou Nietzsche, Céline, Rimbaud, Antonin Artaud, Lautreamont, Gérard de Nerval, Colin Wilson, Jones T. Farrel, Lovecraft, Plutarco, Baudelaire, Heidegger, Sartre, Michael McLure e outros escritores “beat” ou malditos. Balzac e Freud, Gustave Le Bom Normam Oliver Brown, Joseph Camppbel o influenciariam e vários livros ingleses de Demonologia dos séculos 16 e 17.
Antes de iniciar na Faculdade de cinema
Já na UCLA, no departamento de cinema, atuou em peças teatrais, andou pelas alamedas do campus e estudou longas horas sozinho em seu pequeno apartamento ou nas bibliotecas, passou o tempo escrevendo ensaios sobre o cinema que mais tarde seriam publicados em seus livros.
Num belo dia de sol, depois de se graduar em cinema, Jim e Ray se reencontram. Esse fato irá mudar a trajetória dos dois. Ray comenta: "O Jim e eu licenciamo-nos na UCLA, no departamento de cinema em 1965 – ele com um bacharelado e eu com um mestrado. Ele disse que se ia mudar para Nova Iorque e eu pensei que nunca voltaria a vê-lo. Quarenta dias e 40 noites depois, quase biblicamente, estava sentado
“Que andas a fazer?», respondi «Nada, meu. E você?». «Tenho andado a escrever canções». Isto chamou-me logo a atenção e então disse-lhe «Senta-te, e canta-me uma dessas canções». Ele era muito tímido e tinha uma voz muito suave, como a do Chet Baker. A primeira canção que cantou foi «Moonlight Drive», e assim que ouvi a letra, «Let's swim to the moon, let's climb through the tide, penetrate the evening that the city sleeps to hide», pensei «Uau, meu. Psicodélico... Jim já havia me contado que queria ser escritor, sociólogo, queria escrever peças”.
Bibliografia consultada
MANZAREK, Ray. Light My Fire – My Life With The Doors. The Poet In Exile.
RIORDAN James & Jerry Prochnicky Break on Through: The Life and Death of Jim Morrison, 1992.
JERRY HOPKINS DANIEL SUGERMAN. Daqui ninguém sai vivo.
MODESTO, Helder. O Navio de Cristal – Uma interpretação da vida e das obras literária e musical de Jim Morrison.